sábado, 27 de fevereiro de 2010

Compras

A mensagem que hoje coloco aqui pode ser encarada como um desafio. Como hoje é sábado, dia oficial de compras e passeios ao centro comercial, vou propor o seguinte. Imaginem que querem comprar uma camisa (os homens), e um soutien (as senhoras) mas estão sentados numa cadeira de rodas. Como a maioria das pessoas vão querer experimentar aquilo que possivelmente irão comprar para que não corram o risco de chegar a casa e não servir ou simplesmente não gostarem de ver e terem que ir trocar as peças que compraram. Dirigem-se ao provador e...
Pois é não conseguem passar sequer na porta ou então a porta tem largura suficiente mas depois têm que ficar com a porta aberta porque não dá para fechar pois a cadeira de rodas ocupa todo o espaço do provador. Para os homens pode ser mais fácil pois a nossa sociedade não se espanta tanto que tire a camisa no meio da loja e experimente outra,apesar de o homem em questão até possa ficar constrangido, mas e se fôr uma senhora, e quiser experimentar um soutien... não falo disto sem saber o que digo, felizmente eu como mulher não passo por isto pois não estou numa cadeira de rodas, mas tenho uma amiga muito querida que sofre com isto... Não será esta uma forma de descriminar, ou então quando querem ir a um simples super mercado, escolher os produtos que querem ter em casa, sim porque não é por estarem numa cadeira de rodas que têm que passar a ter em casa aquilo que os outros querem, até podem disser que se pode fazer compras na net, mas meus amigos (homens) conhecem assim tantas mulheres que não goste de ir às compras de uma maneira real e não virtual. Por favor está na hora de quem desenha, quem projecta, quem constroi, quem decora etc, se sentar numa cadeira de rodas para poder ter realmente a percepção do que é necessário e do que é viável em matéria de acessos.
SENTEM-SE PARA QUE CONSIGAM ESTAR AO MESMO NÍVEL. JÁ CHEGA DE FINGIR QUE EXISTEM ACESSOS E QUE SE PREOCUPAM COM OS DEFICIENTES, ABRAM OS OLHOS E ENCARREM A RELIDADE DE FRENTE. É isto que quem está numa cadeira de rodas têm que encarar todos os dias.

Um comentário:

  1. Bem, em relação a este tema, eu, a leonor e a mimi tivemos uma experiência interessante numa tarde de quinta-feira.
    Fomos ás compras e quando vamos para o vestiário, só cabia praticamente a cadeira de rodas que ocupava todo o espaço existente. Ainda consegui saltar sobre a roda da cadeira e ficar de frente para a mimi, num cantinho minusculo e a leonor ficou atrás da cadeira, já de fora do vestiário. Mas, como a boa vontade supera tudo, lá vestimos e despimos a nossa mimocas e ela fez as compras que queria e foi uma tarde super divertida.
    No entanto, fica aqui o aviso para quem constrói, ou para quem aceita os projectos: que tenha atenção aos espaços próprios para deficientes, porque os direitos são iguais. ABRAM OS OLHOS. VEJAM A REALIDADE. NÃO SEJAM BURROS E INÚTEIS. margarida rodrigues

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